sábado, 26 de maio de 2012

Intro

O gosto pela cozinha foi crescendo comigo. Mas nem sempre foi um prazer.
Lembro-me bem da 1ª aventura a solo. Tinha 12 anos, era Verão e a minha mãe começou a trabalhar fora. A tarefa era fazer arroz de tomate para o jantar.
imagem retirada da internet
Vi muitas vezes a minha mãe a preparar o dito arroz. Na véspera, a minha mãe escreveu num bloquinho de apontamentos os passos a seguir e nesse dia, enquanto ela fazia o arroz de tomate (muito apreciado principalmente pelo meu pai) eu fazia mais anotações (tenho pena de não ter já o bloquinho original) do género: “primeiro tenho que picar meia cebola, depois ponho o azeite a cobrir o fundo do tacho, depois tenho de acender o fósforo e ligar o bico mais pequeno do fogão no mínimo. A cebola deve ficar dourada mas não queimada.”... Coisa que aconteceu várias vezes nos primeiros tempos apesar de seguir atentamente as instruções. Passados alguns dias, percebi que a solução era ter já preparada uma chávena com água ainda antes de ter o estrugido ao lume e não esperar que ficasse dourado e só depois pensar que era preciso a água.
Lentamente, fui tomando conta do jantar completo, a confiança foi aumentando, o bloquinho foi para a gaveta e o jantar já era de qualidade aceitável.

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